Luciane trabalhava há 12 anos em um emprego estável e decidiu se arriscar para abrir seu empreendimento na beira da estrada. Veja o final dessa história.
Queridos leitores, no primeiro post do ano eu trago a história inspiradora da curitibana Luciane Barbosa. Uma cativante empreendedora que um dia abandonou sua estável posição numa grande empresa para realizar o sonho do negócio próprio e acabou encontrando a felicidade em meio à poeira, o frio e o vento na beira da estrada!
Da decisão até a realização do sonho ela ouviu muitas vezes a clássica frase “Você está louca, isso não vai dar certo!” Lendo e conhecendo tantas histórias de empreendedorismo, essa frase aparece com frequência. Acredito que os empreendedores ouvem, na verdade, um sonoro e incentivador “confie em seu desejo!” e seguem em frente com ainda mais força. E não é que dá certo mesmo?
A entrevista foi feita pelo skype no primeiro dia útil do ano. E só foi possível conversar com a Luciane no meio da tarde porque chovia muito e o movimento deu uma trégua.
O sonho de ter um comércio eu sempre tive, ter alguma coisa minha. Eu sempre trabalhei em empresa, me formei em administração. Sempre trabalhei pros outros e sempre alimentando esse sonho de um dia poder fazer as minhas coisas, do meu jeito. Em 2008, eu desencantei muito de trabalhar fora, estava muito cansada. Já estava na mesma empresa por 12 anos e chegou aquele momento que você diz “deu”. Eu não estava feliz com a empresa e possivelmente a empresa já não estava feliz comigo.
Fiz um acordo na época (2008) e sai em busca de alguma coisa pra mim, mas também não sabia ao certo o que abrir. E fui pesquisando, com capital pequeno...eu moro próximo aqui de uma rodovia e sempre passava pra tomar um caldo de cana com um senhorzinho que trabalha aqui até hoje...um dia passei lá a tarde e estava batendo um papo, tomando um caldo de cana e comecei a observar que tinha bastante cliente, carro, e pensei “que legal”. E comecei a conversar com ele e ele me contando que sustentou os filhos, que pagou estudo, enfim, ele mantinha a casa com aquilo lá. Eu comecei a observar...Aí aquilo me deu um click! No outro dia dei mais uma passadinha. Fui lá olhei e pensei “acho que isso vai dar certo”. Cheguei em casa e comentei com meu marido. Na hora ele falou “você tá louca, você vai abrir um caldo de cana, vender cana em beira de estrada!?” Eu estava cansada de trabalhar em empresa, eu precisava de alguma coisa, mas até ai eu não fiquei tão encorajada ainda. Nesse período, me chamaram pra trabalhar numa grande empresa com 4 mil funcionários. Decidi arriscar e aguardar mais um pouco.
É, eu tive que deixar o sonho guardadinho mais um pouco. Ai fui pra essa empresa e fiquei lá mais quase um ano e eles fizeram umas demissões bem grandes e eu fui junto. E de novo pensei, e agora? “Já sei, agora consegui um dinheirinho a mais. Vou abrir uma coisa pra mim e acho que vai ser o caldo de cana!" Eu moro na rodovia e tem o terreno da família. Daí pensei, tá mais tranquilo, posso ficar na frente de casa, se ganhar algum dinheirinho pra ajudar meu marido na despesa tá bom.
Primeiro fui pesquisar e comprei um carrinho usado pela internet. Meu marido me ajudou, reformamos, pintamos o carrinho, todo mundo abraçou…meu marido, meu filho, mas o pessoal ainda não estava comprando muito a ideia. Eu não sei te dizer, eu não posso falar que eu tinha certeza que ia dar certo. Se eu te disser isso, ia mentir, mas tinha alguma coisa forte que falava pra mim “vai, que vai dar certo”. No primeiro dia estava frio, eu tremia, eu não sabia o que fazer, a quantidade, nada disso. Inclusive meu primeiro cliente até hoje é meu cliente. Ele me pediu o caldo de cana e eu pensei “e agora, como é que eu faço?”. Primeiro dia, estava bem nervosa, mas foi bem legal.
É, nos primeiros meses a gente já teve um sucesso danado, veio muita gente. Aí, comecei a ver que meu carrinho já estava pequeno, em três meses. A gente fez uma coisa bem diferenciada, pra não ficar aquela coisa padrão igual a todo mundo, a gente colocou bambú, pra fazer sombra, arrumamos, colocamos banquinhos, levei livros, revistas, cadeiras bem confortáveis. Coloquei uma espreguiçadeira. O pessoal chegava e comentava “que gostoso”. Final de tarde o pessoal vinha, sentava. Eu fiquei pensando que eu queria vender caldo de cana e agora o pessoal vinha pra um lazer. O dia que eu tive certeza que tinha dado tudo certo foi quando um cliente veio me falar “olha, você não se incomoda deu não comprar nada hoje, é que eu tô tão estressado, tão cansado que eu precisava de um lugar calmo, tranquilo e o primeiro lugar que eu pensei foi aqui”. Valeu mais pra mim essa conversa dele do que ele ter comprado cem reais de caldo de cana. Eu sempre procurei muito fazer amigos, na verdade, e não simplesmente ficar ali na história, “o cara passou lá, tomou um caldo de cana da rodovia e morreu o assunto, passou...”. A maioria dos meus clientes hoje, são antigos.
Na beira da estrada é complicado, é chuva, sol, poeira...E depois de quatro anos com o carrinho eu resolvi investir um pouco mais nisso e construir. Como estava na frente da minha casa, a gente partiu do zero e construímos um quiosque bem bacana. Eu gastei todas as economias nesse investimento e estou feliz, as coisas estão andando. É gostoso, você tem contato com pessoas, cada hora é uma história diferente. É bem gratificante você ter essa liberdade, a gente tá sempre criando, inovando, fazendo coisas diferentes. Eu fiquei quatro anos com o carrinho, sobe e desce, levando tudo com carro, engate. Era só eu, mas no final de semana tinha o sacrifício do meu filho e meu marido me ajudar. Mas eu posso dizer assim, eu me orgulho, meu filho fez uma faculdade privada com o dinheiro do caldo de cana.
Isso mesmo. Dá certo...meu filho, Bruno, hoje está com 21 anos e é formado em Desenho Industrial pela PUC-PR.
Ajuda sim, mas eu te confesso uma coisa, eu odeio papéis! Eu já fui tão infeliz tanto tempo trabalhando assim que hoje eu não me vejo fazendo outra coisa que não seja ter essa liberdade, fazer o que você quer, mudar.
Eu acho ele muito prático, principalmente nessa venda rápida de balcão. Eu acho muito rápido, eficiente. Em geral ele me atende bem legal...agora mesmo antes de subir e falar com você eu estava com bastante produto e pensei em fazer uma promoção rápida. Já cadastrei na hora um “pague dois, leve três”. Essa flexibilidade, essa rapidez é bem bacana.
Hoje em dia, Luciane tem dois funcionários, mas ainda assim o marido e o filho precisam ajudar aos fins de semana. Seu quiosque, o Tribo da Cana, oferece sucos, saladas, refeições funcionais, açaí, sorvetes, smoothies, além de um atendimento acolhedor e um bom papo!
Luciane continua com seu feeling de comerciante apurado. De olho na carência de restaurantes em seu bairro, em breve vai expandir e oferecer mais pratos no almoço. E nós, do Programa NEX, estaremos ao lado da Luciene, oferecendo os recursos que a Tribo da Cana precisar para continuar crescendo e mantendo um atendimento atencioso, ágil e eficiente.
Se você mora em Curitiba ou vai passar por lá, vale a pena uma visita à Luciane em seu quiosque:
Rua Jefferson Becker, 76
(41) 3149-3450
Funcionamento:
de segunda a sexta das 11 às 19h
sábados e domingos das 13 às 19h
Fanpage: https://www.facebook.com/Tribodacana
Carol
Oi! Eu sou a Carol, do Nex. Estou aqui para ajudar aos pequenos comerciantes como você, a desenvolver todo potencial de seu negócio. Toda semana escrevo sobre algum assunto relacionado ao pequeno comércio: são dicas de gestão financeira, controle de estoque, marketing e vendas. Envie suas sugestões!
Desculpe, alguma coisa não deu certo. Por favor, tente novamente!
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O Programa NEX é um sistema de gestão comercial que vai facilitar a rotina da sua Loja. Com ele você pode controlar seu estoque, registrar suas vendas, controlar o caixa, emitir nota fiscal, fazer orçamentos, imprimir recibos e etiquetas, cadastrar clientes, produtos, fornecedores, controlar as contas a pagar e muito mais!
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